Entre, loucura!
Entre a sanidade
Há vão que te cabe
E em vãos
Há sãos que não sabem
Quem são
E se vão aos vãos
Entre, sou cura
De fato, confesso
Estou farto da ação
De um ser enfático
Apto a ser inepto
Decidir coisas por mim
Quanta loucura!
Quanta fratura!
Por isso tanto durmo
Enquanto o mundo amanhece
Porquanto me enfurno
Ante o mundo que adoece
Entre, loucura!
Há pagãos melhores que santos
E são tantos!
Veria Deus se tivesse quisto
Que isto causaria o pranto
Quando o santo não fosse visto
A culpa é pouca
Mas é tua, vida
Que me arrotou
Na direção errada
E eu segui a rota
Fui rotulada rota
Desde o ventre da loucura
Quanto sensabor!
Quanta sensatez!
Quanta censura!
Cansei de viver
Entre vãos do mundo oco
Me cansa todo esse sufoco
De um dia cheio de vazio
Culpa do meu desbrio
Rotina de um mundo louco
Sandia
E agora rouca
O vão vocifera
O que você fere, são
E ainda assim
Com todo esse alarido
A vida tem me doído
Não me apetece meio pão
Que seja breve
Mas intensa
Se for doída
Que não seja imensa
Que a vida cesse
Entre também, juízo
O que nos difere
É o que nos fere
Nada em seu poema é em vão, Crys. Gosto muito desse bonito casamento de palavras e ideias em harmonia com os sentimentos que o anima.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirAchei vc no twitter!
Muito legal por aqui. Parabéns pelo texto.
Sempre agredecida pelas suas observações, Jamil. Nunca vãs! :)
ResponderExcluirEi Angelo, seja bem-vindo. Que bom que gostou! Obrigada.
ResponderExcluirO "Asas de Angelo" é de muito bom gosto, parabéns! :D