Nós

Se eu ousar a musicar
O que tenho dentro do peito
Nesse exato momento
Ouvirá silêncio

Talvez o vazio se esvai pela garganta
Onde hoje, há em mim um nó
Talvez se despe quando se canta
O que já não posso mais

Em minhas cordas há um nó
Que não se desata a mãos
Só se desata só; a mão;
Amando ou não

Afrouxo o laço
A cada palavra que escrevo;
A cada texto que faço

Me desfaço
A cada página que passo.

Desato, de certa forma
Esse nó a mão
Penso...

Mas, se eu ousar a musicar
O que tenho dentro do peito
Nesse exato momento,

Ainda haverá silêncio.


5 comentários:

  1. Querida, quando as cordas de tua garganta vibrarem em uníssono com aquela 'in corde tuo' (em teu coração, em teu peito), as palavras serão para ti como notas musicais: formarão melodias que reverberarão em toda a tua alma, em todo teu ser. Não te preocupes, a música que há em ti, e que é belíssima, também precisa de tempo e silêncio, para existir, para ser ouvida.

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  2. Jamil, Jamil, se você soubesse o quanto me ajuda, meu caro...

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  3. A intenção era essa msm, Gustavão! Valeu! rs :)

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