Ando lembrando sem poder
Do teu poder sem permissão,
Do abraço cheio de mãos,
Das premissas sem conclusão.
Sinto ainda o frio que fazia.
Da poesia e da barriga fria.
Sinto ainda
O que sentia sei lá quando.
Ando lembrando
Do quanto eu queria.
E sem poder;
Sem permissão;
Sem abraço;
Sem mão;
Ainda quero os olhos
Sob os quais eu diria:
Sei que vou
Me arrepender um dia,
Mas quando bater na porta
A dona agonia,
Peço-te só mais um olhar
Daqueles de fotografia.
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